História do Chocolate: como ele era utilizado pelos Maias e Astecas?

Vica Dias

5 min de leitura

Publicado em: 22 de maio de 2024

Atualizado em: 4 de junho de 2024

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O chocolate é, sem dúvida, um dos alimentos mais amados em todo o mundo, presente em diversas formas: barras, bombons, bebidas, sobremesas e muito mais. No entanto, poucos conhecem a rica e fascinante história por trás deste delicioso produto

Antes de se tornar a guloseima doce e popular que conhecemos hoje, o chocolate desempenhava um papel significativo nas antigas civilizações mesoamericanas dos Maias e Astecas

Nessas culturas, o cacau não era apenas um alimento; era um símbolo de poder, espiritualidade e riqueza

Nesta jornada pela história do chocolate, vamos explorar como os Maias e Astecas descobriram o cacau, suas diversas utilizações e a profunda reverência que tinham por este presente dos deuses.

A história do chocolate

O cacau, a matéria-prima do chocolate, é originário das florestas tropicais da América Central e do Sul. As primeiras evidências de consumo de cacau datam de cerca de 1900 a.C., com os Olmecas, uma das primeiras civilizações mesoamericanas

No entanto, foram os Maias e, posteriormente, os Astecas que realmente incorporaram o cacau em suas culturas de maneira significativa.

A história do chocolate entre os Maias

Os Maias, uma civilização que floresceu entre 250 e 900 d.C. na região que hoje compreende o sul do México, Guatemala, Belize, Honduras e El Salvador, tinham uma relação especial com o cacau. Para eles, o cacau era um presente divino, com usos que iam além da alimentação, permeando a cultura, economia e religião maia.

Bebida sagrada

Para os Maias, o cacau era um alimento sagrado, e a bebida preparada com ele, chamada “chocolhaa”, era altamente reverenciada

Diferente do chocolate doce e cremoso que conhecemos hoje, a bebida maia era amarga e espumosa, feita a partir de grãos de cacau torrados e moídos, misturados com água, pimenta, baunilha e outros condimentos. 

Esta bebida não era consumida por todos, mas reservada para a elite da sociedade, incluindo nobres, sacerdotes e guerreiros. O “chocolhaa” era servido em cerimônias religiosas e festivais, sendo considerado um elixir divino que proporcionava força e vitalidade.

Moeda de troca

Os grãos de cacau também desempenhavam um papel crucial na economia maia. Eles eram usados como moeda de troca, facilitando o comércio entre diferentes regiões e povos. A importância econômica do cacau era tão grande que os grãos de cacau eram frequentemente aceitos como pagamento de tributos e impostos. 

Documentos históricos indicam que um coelho poderia ser comprado por dez grãos de cacau e que cem grãos eram suficientes para adquirir um escravo. Esta prática de usar cacau como moeda não só destacava seu valor intrínseco, mas também ajudava a estabilizar a economia maia, promovendo trocas comerciais eficientes.

Ofertas religiosas

Na esfera espiritual, o cacau tinha um papel central nos rituais religiosos dos Maias. Eles acreditavam que o cacau era um presente dos deuses e, como tal, ofereciam-no em várias formas durante cerimônias sagradas. 

As bebidas de cacau eram preparadas e consumidas em honra aos deuses, enquanto grãos de cacau eram frequentemente oferecidos como sacrifícios durante rituais importantes, como celebrações de colheitas ou festivais religiosos. 

A reverência pelo cacau era tamanha que ele era usado até mesmo nos enterros de nobres e reis, sendo enterrado junto aos mortos para garantir que tivessem acesso ao precioso elixir na vida após a morte.

A história do chocolate entre os Astecas

Os Astecas, uma poderosa civilização que dominou a região do atual México central entre os séculos XIV e XVI, herdaram o apreço pelo cacau dos Maias e desenvolveram suas próprias práticas e significados associados a este valioso recurso

Para os Astecas, o cacau não era apenas um alimento, mas uma substância com propriedades quase mágicas, profundamente entrelaçada com aspectos sociais, econômicos e religiosos da vida.

Xocoatl

Uma das principais formas de consumo do cacau pelos Astecas era na forma de uma bebida chamada “xocoatl”. Diferente das bebidas quentes e doces que conhecemos hoje, o “xocoatl” era preparado frio e mantinha um sabor amargo, frequentemente misturado com especiarias como pimenta, baunilha, flores e, ocasionalmente, mel para suavizar o gosto. 

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Esta bebida era altamente valorizada e consumida principalmente pela elite, incluindo nobres, guerreiros e sacerdotes. 

Acreditava-se que o “xocoatl” proporcionava força e vigor, sendo frequentemente consumido antes de batalhas ou em ocasiões especiais. A bebida era também considerada afrodisíaca e medicinal, usada para tratar uma variedade de condições de saúde.

Tributo e comércio

Os grãos de cacau eram um componente vital da economia asteca, utilizados como moeda e meio de tributo. O império asteca era sustentado por um complexo sistema de tributos pagos pelos povos conquistados, e o cacau estava entre os itens mais valorizados. 

Os grãos de cacau podiam ser trocados por praticamente qualquer bem ou serviço, desde alimentos e roupas até escravos e armas. A quantidade de grãos de cacau possuída por uma pessoa era um indicador de sua riqueza e status social. 

Este uso econômico do cacau não só facilitava o comércio, mas também ajudava a manter a estabilidade e a coesão do vasto império asteca.

Rituais e sacrifícios

No contexto religioso, o cacau ocupava um lugar de grande importância nos rituais e sacrifícios astecas. Os Astecas acreditavam que o cacau tinha propriedades místicas e era um presente dos deuses, especialmente do deus Quetzalcoatl, que, segundo a lenda, teria dado o cacau à humanidade. 

Durante cerimônias religiosas, os sacerdotes preparavam e ofereciam “xocoatl” aos deuses e aos participantes dos rituais. O cacau era também usado em sacrifícios humanos, onde as vítimas eram frequentemente obrigadas a beber a bebida de cacau antes do sacrifício, numa tentativa de purificação e como uma oferenda final aos deuses. 

A importância do cacau nas práticas religiosas reforçava sua sacralidade e seu papel central na vida espiritual dos Astecas.

Quando os exploradores espanhóis chegaram à Mesoamérica no século XVI, eles foram apresentados ao cacau pelos Astecas. Inicialmente, o sabor amargo da bebida de cacau não agradou aos europeus. 

No entanto, ao levar o cacau de volta à Europa e adicionar açúcar e leite, o chocolate começou a se transformar na sobremesa doce que conhecemos hoje.

Conclusão 

A história do chocolate é uma viagem fascinante que nos leva de rituais religiosos antigos às delícias modernas. Para os Maias e Astecas, o cacau era mais do que apenas um alimento; era uma parte integral de sua cultura, economia e espiritualidade. 

Hoje, ao desfrutarmos de um pedaço de chocolate, estamos saboreando um pedaço de história que remonta a essas civilizações antigas que primeiro descobriram o valor deste incrível fruto.

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